Assinala-se este segunda-feira [26.08.2024], o Dia Internacional da Igualdade Feminina, instituído pelo Congresso dos Estados Unidos em homenagem à aprovação, a 18 de Agosto de 1920, da 19ª emenda à Constituição Americana.
A emenda permitiu o voto às mulheres norte-americanas e influenciou o movimento pelo direito feminino ao voto em todo o mundo.
O movimento surgiu no século XIX, com o propósito de lutar pela participação feminina na política, implicando que as mulheres tivessem o direito de votar, e também de ser votadas.
As sufragistas eram as mulheres que faziam parte do movimento e argumentavam que se eram aptas para prestar serviços que exigiam extrema responsabilidade, também seriam capazes de participar da política.
A data foi criada com o intuito de celebrar e trazer visibilidade às questões de equidade de género, e a importância do papel da mulher na sociedade contemporânea, com realce para a conquista do voto, e de diversos outros direitos da mulher, tendo sido possível com o concurso do movimento sufragista ao redor do mundo.
O sufrágio feminino ganhou força ao redor do mundo inteiro, até que vários países fizeram alterações em suas respectivas legislações, e passaram a inserir a mulher na política, e em mais formas activas dentro da sociedade.
O Dia Internacional da Igualdade Feminina não serve apenas para comemoração, serve também de lembrete do longo caminho que o mundo tem por percorrer ainda.
Em África os desafios persistem. Foi extremamente difícil no passado. De lá para cá, têm havido inúmeras mudanças positivas. Mulheres ascenderam ao cargo de Presidente da República em vários países africanos, nomeadamente na Libéria (Ellen Johnson), Malawi (Joyce Banda), Tanzânia (Samia Hassam) e Etiópia (Sahle Work Zewde), e a outros altos cargos não só no Aparelho do Estado, mas também no mundo empresarial e no associativismo. Contudo, em África no geral, e em Angola em particular, ainda persistem desafios. Um dos maiores desafios é garantir, principalmente no meio rural, um equilíbrio entre a preservação das tradições, cultura e valores africanos, sem condicionar a construção social do género, como defendeu a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, no I Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia.
Em Angola, além da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, mulheres ocupam os cargos de Presidente da Assembleia Nacional, Juíza Conselheira Presidente do Tribunal Constitucional, e Ministra de Estado para a Área Social (Maria Bragança Sambo), só para citar alguns exemplos, e dão igualmente cartas noutros sectores da sociedade angolana.